terça-feira, 29 de setembro de 2015

O Livro Cultura Corporal

O Livro Cultura Corporal

Cultura Corporal
Este livro é resultado das muitas colunas semanais sobre qualidade de vida e esportes no Jornal do Estado.
Sem a pretensão do dever científico, mas com intenção de informar, apresenta idéias que levam a uma nova reflexão.




Carlos Fernando França Mosque é professor de Educação Física, Fisioterapeuta, especialista em Educação Especial e doutor em Fisiologia do Exercício. É professor universitário, já publicou o livro "Educação Física para Deficientes Visuais" e vários artigos internacionais.



segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Agradecimentos

Agradecimentos
Há muitos anos fui convidado pelo jornalista Julio Tarnowski Jr a escrever semanalmente no Jornal do Estado, época em que ele era o editor de esportes. Julinho, como é conhecido, foi um assíduo freqüentador da falecida Kine, Academia de Ginástica. Ali ficamos amigos. Não só por isso, mas principalmente pelo seu brilhantismo como profissional, ele faz a apresentação deste livro.

José Roberto da Silva, o Zé Beto, é amigo desde os tempos da revista Placar, quando era o repórter da sucursal de Curitiba. Hoje somos cúmplices e amigos de corrida, como ele conta no prefácio. Também trabalhou no Jornal do Estado, por isso conhece muito bem a coluna Cultura Corporal.

Ao "Jorjão", Jorge Eduardo França Mosquera, jornalista e meu irmão querido, que revisou as colunas e continua sendo meu incentivador para a escrita.

Lycio Ribas, atual editor de esportes do Jornal, que ainda me cede o espaço semanal para que a idéia não morra, e ao Theo Cordeiro, responsável pelas imagens e desenhos do livro.

À Josiane Ritz, chefe de redação, que não conheço pessoalmente, mas de quem gosto muito, por me aturar tanto tempo no JE.

A Prefeitura Municipal de Curitiba, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, que custeia a impressão.
A todos que me leram e aos que me lêem agora, muito obrigado.


domingo, 27 de setembro de 2015

Lesões no esporte 2

Lesões no esporte 2
"Quem não gosta de samba, bom sujeito não: é ruim da cabeça ou doente do pé". A letra do grande Caymmi, por sinal dono de fama de ser um grande preguiçoso, me faz arriscar outra frase: "Quem nunca sofreu uma lesão esportiva é sedentário ou ainda não chegou a sua hora".

É difícil encontrar alguém que pratique esportes regularmente e que não tenha se machucado. Faz parte de qualquer atividade física, é o risco de colocar a "máquina" em movimento. Uma das lesões mais sofridas pelos atletas em geral, principalmente os de final de semana, é a distensão muscular. Essa lesão é originada quando um músculo excede sua resistência natural. Pode acontecer também em paradas repentinas, acelerações violentas e desaceleração, o chamado trabalho excêntrico.

Quando descemos uma escada ou uma montanha, fazemos uma força denominada excêntrica, a força que freia nosso corpo. Por isso, sentimos muitas dores, ao contrário do que muitos pensam, que a dor foi pela subida. As distensões podem ser classificadas de acordo com o grau de ruptura: o primeiro e segundo graus envolvem ruptura parcial, e o terceiro se refere a rupturas completas ou separação.
Os que mais sentem este tipo de lesão são os indivíduos que estão desenvolvendo movimentos bruscos, independentemente de estarem bem preparados fisicamente. Os sinais clínicos para esse tipo de lesão são claros: dor aguda, dificuldade na contração muscular. Nas rupturas completas, o defeito pode ser palpado por todo o ventre muscular - o músculo pode formar uma protuberância, lembrando um tumor.

Além disso, inchaço e alteração da sensibilidade são comuns nesses casos. Quanto menos acostumados às lesões esportivos, mais assustados se tomam os lesionados. Mas elas são comuns no esporte, e podem ser curadas em poucos dias, dependendo do grau de comprometimento.

Uma prática que recomendo no consultório de fisioterapia, quando os atletas ainda não têm um diagnóstico claro, é a aplicação de gelo logo após sentir a contusão, mais repouso seguido de imobilização. Esses procedimentos talvez não resolvam de imediato, mas não atrapalham a recuperação. É melhor do que ficar esperando alguns dias para ser atendido por um especialista.

Quando estamos praticando esportes por muito tempo, já sabemos quais as alterações na homeostase, a propriedade auto-reguladora do corpo. Por isso não se iluda quando o corpo quer mandar uma mensagem. Preste atenção, escute-o.



Celulite: Alimentos que ajudam a combater

Celulite: Alimentos que ajudam a combater



 

Meu caso com a celulite é assim: se engordo elas aparecem e se emagreço elas somem, mas algumas meninas mesmo magras tem celulite, isso pode acontecer por vários fatores. Eu mantenho minha alimentação saudável, atividade física e ultrassom no verão, porque acho que toda ajuda é valida.Com relação a alimentação, vamos ver as dicas que a Dra Ursula Metelmann tem para nós:・・・
Não há milagre: para eliminar gordurinhas que se acumularam ao longo do ano, é preciso ajustar a dieta. Mas cortar calorias não é tudo. Quando o objetivo é conseguir bumbum e pernas bonitos, firmes e livres da celulite, é preciso investir nos alimentos certos. Os furinhos são resultado da inflamação das células por causa do acúmulo de toxinas no organismo. Portanto, o melhor caminho é apostar em um cardápio capaz de desintoxicar, desinflamar e melhorar a circulação, a fim de eliminar líquidos e dar adeus ao inchaço. Conheça os alimentos que ajudam a reduzir a celulite ou evitar que ela se instale.GENGIBREAcelera o metabolismo e tem propriedades anti-inflamatória e antioxidante. Para consumir ralado, sobre saladas e peixes, ou em pó, batido com água ou com suco de fruta de manhã.ASPARGO, CEBOLA E ALHO-PORÓ Ricos em silício, mineral que estimula a produção de colágeno, que dá elasticidade e firmeza à pele. Inclua-os em saladas e sopas. Se for cozinhá-los, faça-os no vapor, em vez de ferver, para preservar as propriedades. FRUTAS VERMELHAS Morango, framboesa, amora, cranberry, mirtilo, goji berry e açaí são antioxidantes e eliminam os radicais livres, que danificam os tecidos. Dez unidades por dia (in natura ou batidas em sucos ou com iogurte) são suficientes. No caso da polpa de açaí, consuma o equivalente a uma bola de sorvete e dispense o xarope de guaraná, muito calórico. CHÁ VERDE Desintoxica, acelera o metabolismo e tem ação anti-inflamatória. Prepare a bebida natural fervendo duas colheres da erva (Camellia sinensis) em um litro de água. Como é amarga, misture-a com outras mais suaves, como hortelã, erva-cidreira ou erva-doce, que garante um sabor mais agradável. Beba até duas xícaras por dia, mas evite tomar em jejum (pode provocar enjoo) e antes de dormir (para não atrapalhar o sono).


  Meu caso com a celulite é assim: se engordo elas aparecem e se emagreço elas somem, mas algumas meninas mesmo magras tem celulite, isso pode acontecer por vários fatores. Eu mantenho minha alimentação saudável, atividade física e ultrassom no verão, porque acho que toda ajuda é valida.Com relação a alimentação, vamos ver as dicas […]


Fonte: Dri Saudável
Categoria: Beleza
Autor: drisaudavel

sábado, 26 de setembro de 2015

Os talentos desperdiçados no esporte.

Os talentos desperdiçados no esporte.
O meio ambiente dos profissionais do esporte é muito interessante. Outro dia tive o prazer de rever muitos amigos da área do futebol, principalmente das categorias de base e, logicamente, o assunto era futebol. Pelas tantas o assunto foi se encaminhando por uma trilha pouco percorrida: por quê o desaparecimento de craques ou talentos do ludopédio, diferentemente de épocas passadas.

Surgiram várias opiniões e até muitas sugestões, mas o que mais me chamou a atenção foi o fato de a segurança pública estar diretamente relacionada com os esportes de rendimento, inclusive o futebol. Antigamente, quem não se lembra, jogávamos bola na rua, em campinhos que existiam em qualquer terreno baldio (que nós mesmos limpávamos), no meio da rua, as traves eram tijolos ou mesmo o casaco do agasalho da escola. Nossas escapadas de casa eram motivo de preocupação apenas por causa das lições escolares, jamais pela segurança.




As crianças de hoje não têm mais esse espaço, perderam o prazer de subir num muro de quintal para assistir ou jogar uma pelada. Hoje se preparam os esportistas mirins com escaltes e planilha de rendimento. Os garotos e garotas - usam chuteiras e caneleiras de marca para aprimorar os chutes e evitar as contusões.
Os "professores" se esquecem do principal: quanto menor a sensibilidade nos pés, em épocas de formação, mais difícil é a arte de conhecer e domar a bola.

Como somos diariamente ameaçados pelo crime, o mais seguro é o videogame, quem sabe extrapolando, um gol-a-gol na garagem de casa. Outro motivo relevante do sumiço dos nossos talentos do futebol é a migração desses adolescentes para outros países. Até parece filme, mas é verdade: nossos maiores craques já estão sendo comercializados com os chamados "descobridores de talentos". Sobram os menos talentosos.
Ruímos assim a estrutura preparada para a descoberta, desenvolvimento e lapidação dos futuros deuses da bola. Pulam-se as fases e sobram os campeonatos profissionais com raras preciosidades. Mas ainda não é raro aparecer um gênio da bola num campeonato de profissionais com idade de juvenil, e a conseqüência desse avanço de categorias é a interrupção precoce do projeto futebol, pelo excesso de lesões.

Coisas do rude e viril esporte brasileiro sem planejamento, do imediatismo, infelizmente. Sorte dos times que não têm recursos para competir em iguais condições com os grandes. O meu Paraná Clube é um exemplo disso.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Condição Física Ideal.

Condição Física Ideal.
Teóricos da Condição Física Ideal.
É comum a pergunta: qual a condição física ideal? Para falar a verdade, não sei se existe uma condição física ideal. Acabo achando sempre que o mais interessante é buscar uma condição que possa trazer benefícios individuais. Se toda unanimidade é burra, imaginem a condição física padronizada. Seria um tédio, pareceríamos robôs. Mas alguns conceitos podem esclarecer melhor essa dúvida. Condição procede do latim, conditio, que faz referência a índole, natureza ou propriedade das coisas.

Os procedentes da palavra física remontam ao termo physis, que os gregos utilizavam para referir-se à natureza. Em português claro, poderíamos afirmar que "é o estado funcional do organismo que determina as possibilidades de rendimento no desempenho de atividades que requerem a participação do aparato locomotor". Lemos, ouvimos, falamos sempre em aptidão física ou capacidade física para nos referirmos à condição física. "Robinho precisa melhorar sua condição física para se tornar um craque", é o que lemos hoje. Os jornais do final dos 70, começo dos 80 escreviam de Zico: "Sua capacidade física foi organizada em laboratório".

Classicamente, os termos aptidão e capacidade física associaram-se à necessidade de se determinar o estabelecido de certos requisitos considerados indispensáveis para o desempenho de algum trabalho ou atividade. O próprio termo apto já é dicotômico, ou seja, pode ser apto ou não apto, o que determina a existência ou não de uma aptidão, o que obriga o estabelecimento arbitrário de uma norma de referência.
Por isso, a capacidade, por si só, faz referência a algo que devemos medir e quantificar de forma contínua. Nos tratados da ciência do esporte sempre se lê sobre as dificuldades de se encontrar as variáveis ou fatores da aptidão ou capacidade física. E essa preocupação para nós mortais, freqüentadores de praças e parques, de academias do bairro, a preocupação deve ser apenas uma, a felicidade, é essa é a variável mais importante. Só ela. O resto é propaganda.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Esportes x evolução genética?

Esportes x evolução genética?
Pernas pra que te quero
Desde muito jovem acreditei na popularização da atividade física, sem pretensões das glórias, obviamente. Diferentemente dos meus tempos de faculdade, quando as provas científicas dos exercícios físicos para o corpo eram mais difíceis, hoje sobram motivos para todo cidadão se mexer. Uma pena que as autoridades ainda não perceberam isso.

Depois de ler os trabalhos de Doreen Kimura, de uma universidade norte-americana, acrescentei mais um bom motivo para continuar acreditando nos benefícios do esporte. Em seus trabalhos com neurociência, Kimura afirma que os movimentos da boca dependem da mesma faculdade que guia os movimentos balísticos de mão, ou seja, melhorias na destreza poderiam ajudar na linguagem e vice-versa.




Supõe-se que a capacidade de fazer arremessos precisos teriam ajudado os hominídeos a sobreviver aos episódios de resfriamento nos trópicos, também abriu a possibilidade de comer carne regularmente e de sobreviver ao inverno em zona temperada. O dom da fala seria um benefício acidental. Como é de milhões de anos a evolução da nossa espécie, é certo que o DNA dos nossos craques dos esportes é, na sua maioria, de herdeiros diretos desses caçadores e primatas eficientes nas suas especialidades.
Um movimento balístico como um arremesso no basquete tem muito mais a ver com a evolução do que qualquer outro raciocínio lógico usado diariamente. Agora, imaginem o resultado de toda essa evolução quando vemos uma jogada de futebol, como a de um craque do futebol com os pés.

Como estamos no século da genética, em breve estaremos comentando sobre os genes que capacitam um cidadão a craque, ou quem estará apto a arremessar bem. Mesmo com essas descobertas, é preciso que esses genes "despertem" e cumpram a sua função - como já se sabe quando aparecem alguns tipos de doenças, ou seja, o meio influenciando a genética.

Então, sejamos "agentes inovadores do esporte". Vamos começar a jogar gol-a-gol ou, quem sabe, improvisar uma cesta de basquete e treinar na garagem de casa.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Atletas com deficiência - Outsiders

Atletas com deficiência - Outsiders
Não por piedade nem por algum remorso, mas gosto muito do assunto deficiência. Não, não tenho ninguém na família com deficiência. Leio e curto esse tema.

Lendo uma tese de doutorado da professora Ruth Eugênia Cidade, doutora da Universidade Federal do Paraná, com o título "Atletas Paraolímpicos: figurações e sociedade contemporânea", me deparo do quanto somos preconceituosos, coisa que já sabia. O método utilizado no trabalho de Ruth foi fundamentado na teoria sociológica de Norbert Elias. O objetivo foi articular a teoria com a fala das atletas paraolímpicas. Nem quero aqui me estender em tratados científicos, mas expor uma teoria do esporte dos deficientes.

Estabelecidos-outsiders, incluídos e excluídos, poder-sem-poder, assim organizamos uma sociedade em evolução, mantendo eternamente a proteção da identidade grupal. Apesar de toda a nossa incapacidade de políticas esportivas, ainda assim mantemos uma seleção de atletas paraolímpicos. São pessoas, na grande maioria, desprovidas de condições estruturais e financeiras para programar o futuro com o esporte e, mesmo assim, constatamos a vivacidade e superação de alguns outsiders.

São verdadeiros atletas, que provam a todos e a todo momento, como superar os próprios limites. "A anomia se refere ao indivíduo, pois a ausência ou conflito de normas faria com que as pessoas procurassem estratégias e soluções individuais, não sancionadas por uma escala de valores consensual", diz a professora.
E aí constatamos como somos limitados fisicamente e emocionalmente. Buscamos desculpas para tudo, inclusive para nos mexermos, para resolver nossos problemas. Nunca mais me esqueci quando, na Paraolimpíada de Atlanta, escrevendo para o Jornal do Estado, de Curitiba, sentado na arquibancada para assistir à competição de natação, vi dois auxiliares colocarem um homem sem as pernas e os braços. E não é brincadeira nem força de expressão: na piscina, o atleta paraolímpico atravessou a piscina de 50 metros nadando apenas com os movimentos do tronco, ou melhor, executando técnicas do nado golfinho.

Após a prova, todos os presentes se emocionam com tal façanha. Um verdadeiro herói, um verdadeiro atleta. Aí me pergunto, quem são os outsiders? Quem é normal? Escrevo isso para dizer que os nossos representantes nacionais paraolímpicos também se preparam para representar o país, e sempre mostram do que são capazes.

No Paraná, cinco atletas representaram o Brasil no total de 26 paraolímpicos em Atenas. São os nossos verdadeiros atletas, mostrando que, apesar das dificuldades, todos somos capazes.

Penso diferente de alguns pressupostos do trabalho de Ruth, segundo quem "a incerteza e a insegurança nas relações sociais permite que os indivíduos não sejam reconhecidos, fiquem esquecidos, soltos, sem raiz, tomando-se anônimos". Não. Eles são os nossos verdadeiros heróis.
P.S.: segundo o mesmo trabalho, os outsiders também existem no próprio meio de atletas deficientes, ou melhor, em qualquer meio.

Alongamento antes e depois dos treinos, Sim ou Não?

Alongamento antes e depois dos treinos, Sim ou Não?





    Sabemos da importância de realizar os exercícios de alongamento/flexibilidade para ajudar na melhora do movimento, ganho de amplitude articular e prevenção de lesões. Porém quando se trata do objetivo de ganho de força muscular, além de ser comprovado que o alongamento não previne lesões antes dos exercícios, ainda pode prejudicar a performance e o ganho de força no pós treino. (segundo os estudos e pesquisas). Portanto o indicado antes dos treinos é o aquecimento específico, exemplo:  se for correr, aqueça com uma caminhada, se for fazer exercícios na musculação, então execute séries de aquecimento no próprio aparelho/exercício com cargas baixas. Estudos comparando dois grupos onde um grupo alongou antes e depois dos treinos e o outro  que não alongou, mostrou mais ganho de força em todos exercícios testados. Isso porque ocorre desacoplamentos do complexo neuromiofibrilar e perdemos até 10% da potência quando o alongamento é realizado no pré treino. Portanto é  recomendado alongar no dia seguinte do treino, pois as fibras já estão lesadas e alongar logo após o treino  pode provocar mais micro lesões, por isso não execute exercícios de flexibilidade em grupos musculares que foram trabalhados com altas cargas objetivando a hipertrofia. O melhor então é esperar pelo menos 8 horas, ou até mesmo no dia seguinte, para fazer os exercícios de alongamento/flexibilidade, onde deve ser obrigatório alongar todo o corpo. Uma dica é alongar os membros inferiores no dia que for trabalhar os membros superiores e vice versa. Nenhum estudo comprovou que a falta de alongamento pós treino provoca encurtamento ou problema de flexibilidade articular, apenas devemos fazer nos dias e horários corretos de acordo com nosso objetivo. Bom Treino. Adriana Ribas     


    Sabemos da importância de realizar os exercícios de alongamento/flexibilidade para ajudar na melhora do movimento, ganho de amplitude articular e prevenção de lesões. Porém quando se trata do objetivo de ganho de força muscular, além de ser comprovado que o alongamento não previne lesões antes dos exercícios, ainda […]


Fonte: Dri Saudável
Categoria: Atividade Física
Autor: drisaudavel

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Depressão X Esporte

Depressão X Esporte
O que a gente sente quando as coisas não acontecem como o planejado? Penso em algumas sugestões para comentar o efeito do exercício físico na depressão, o que não é tarefa fácil, pois o assunto merece mais tempo e espaço, mas vale o esforço e o risco. Caso contrário poderíamos deixar muitos leitores deprimidos.

Depressão, doença conhecida como "a dor na alma", atinge 400 milhões de pessoas em todo mundo. O certo é que a depressão é um transtorno da mente que aniquila e conduz à mais profunda tristeza, e que pode, inclusive, induzir ao suicídio. Os primeiros sintomas da depressão se manifestam em forma de taquicardia. "Me apertava o peito, notava que o coração disparava e parecia que ia morrer de angústia. Sofria com vertigens e alucinações".




Talvez você já tenha ouvido relato igual ou parecido. Talvez já tenha sentido isso. A descrição é típica de gente deprimida, que necessita de tratamento específico.
As modalidades mais importantes para o tratamento da depressão são: terapias da fala (que se relaciona com as palavras), as terapias de intervenção física, que incluem os cuidados farmacológicos (lítio, ativan, doxepina, citomel, synthroid, reboxetina, esta a mais promissora, etc.) e o eletrochoque ou terapia eletroconvulsiva (TEC).

Os demais tratamentos são alternativos (será?): homeopatia, acupuntura, florais, bioenergética, tai-chi-chuan etc. Hoje existe uma variedade de tratamentos, uns com excelentes resultados, outros ainda parecendo placebo. Mas por que a atividade física começa a fazer parte dos tratamentos da depressão? O exercício físico produz endorfinas (morfinas endógenas), faz você se sentir "anestesiado", ou melhor, se sentir bem. A dificuldade em provar esse experimento é que as taxas de endorfinas no sangue devem manter-se altas e ativas. Para que isso aconteça, é necessária uma atividade regular algo em tomo de cinco vezes por semana.

Outra vantagem dos exercícios físicos, eles afastam a ansiedade. Portanto, ansiosos do mundo, prestai atenção. O indivíduo praticante de algum exercício alimenta-se melhor, e isso é natural. Quase sempre a dieta é rica em carboidratos e açúcar. Esses alimentos, segundo alguns estudos, parecem aumentar a absorção de triptofano no cérebro, o que por sua vez aumenta os níveis de serotonina. (baixos níveis de serotonina aumentam a possibilidade da depressão). A vitamina B6, também auxilia na síntese da serotonina. Portanto, não provaremos tão cedo se o exercício físico pode ou não resolver problemas de depressão, mas que é fundamental experimentar, disso não se tenha dúvida.
P.S.: quem se interessa pelo assunto não pode deixar de ler " O demônio do meio-dia", de Andrew Solomon.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Obesidade, epidemia mundial

Obesidade, epidemia mundial
Quando chega o inverno, o frio favorece a preguiça e o ciclo funciona assim: diminuímos nossas atividades físicas, comemos mais e aumentamos de peso. Hoje em dia, discutimos assuntos sobre células-tronco, viagens à lua, remédios que combatem a aids, mas não conseguimos responder claramente por que tantas pessoas ficam excessivamente gordas e o que pode ser feito para minorar esse problema.

Só para se ter uma idéia do que se gasta nos Estados Unidos para diminuir a gordura corporal, pois não existem números nacionais: cerca de 2 milhões de norte-americanos pagam mais de 125 milhões de dólares em pílulas dietéticas supressoras do apetite, obtidas sem receita médica, que enchem as prateleiras das farmácias e dos supermercados. E de suas panças. Sem falar no investimento das empresas de marketing, que se aproveitam dessa população.

Como não existe um fator isolado para a obesidade, não custa lembrar os fatores mais relatados pelos cientistas: influências genéticas, ambientais, metabólicas, fisiológicas, comportamentais, sociais e, talvez, as raciais. Essa combinação, sim, compromete a saúde geral da população. Já está muito divulgado que o excesso de peso predispõe ao aparecimento de várias doenças como diabetes, hipertensão, infarto do miocárdio e muitas outras.
Se apenas fechar a boca resolvesse o problema da obesidade, certamente não estaríamos investindo tanto nessa área. Enquanto os pesquisadores não descobrem, e talvez nunca descubram, os verdadeiros motivos dessa epidemia, vale a pena a regrinha caseira: exercício físico somado a uma alimentação regulada. Cento e cinqüenta minutos semanais de exercícios físicos e comer apenas o necessário, e exageros apenas final de semana.
Caso contrário, viramos ponto de referência: "Ali, ao lado daquele gordinho."



domingo, 20 de setembro de 2015

Diabetes e atividade física

Diabetes e atividade física
Diabetes (ou diabete) é uma doença crônica, caracterizada por uma disfunção do pâncreas, órgão que produz o hormônio insulina. Com essa produção diminuída a insulina deixa de circular em quantidades suficientes para manter o organismo em harmonia. Sem insulina suficiente, o nível de glicose (açúcar) no sangue se mantém alto (a insulina é quem leva esse açúcar para ser degradado nas células), ocasionando o que chamamos de hiperglicemia (você já experimentou isso quando comeu uma caixa de chocolates sozinho).

As causas do diabetes ainda são desconhecidas, mas fatores hereditários, obesidade, estresse físico ou emocional, idade e gravidez influenciam para o aparecimento desta doença. Os exercícios físicos são de suma importância para os diabéticos. Juntamente com a dieta e os medicamentos eles ajudam a controlar o nível de açúcar no sangue, conseguindo prevenir complicações mais sérias. Os exercícios aumentam a sensibilidade do corpo à insulina, ajudando assim a diminuir o nível de glicose no sangue.

Os exercícios regulares e programados são melhores, e sempre serão, porque mantemos assim o controle e consciência do que estamos fazendo, o que não ocorre com os impactos mais intensos. Isso pode estimular um descontrole no nível de glicose sangüínea. Se você é um daqueles loucos por esportes e descobriu que têm diabetes, não se desespere, e nem desista da sua rotina. Continue praticando, desde que mantenha um controle e não deixe seu nível de glicose diminuir muito rapidamente, pois, durante a atividade física, muitos diabéticos podem sofrer uma hipoglicemia (baixo nível de glicose) com sintomas de tontura, enjôos e desmaios.
Praticantes de atividade física devem ingerir um lanche rápido ou diminuir a dose de insulina para que não ocorra essa queda brusca da glicose os não diabéticos, não devem treinar de estômago vazio. Quando a atividade for muito intensa, tenha sempre uma bala ou um refrigerante à mão caso essa hipoglicemia o pegue de surpresa.

Sem dúvida uma maneira de controlar o diabetes é fazer exercícios. Eles ajudam a controlar o peso, evitar enfermidades do coração, controlar níveis de pressão e gordura no sangue e a baixar o nível do açúcar sanguíneo. Então, vamos nos mexer!!!

"(...) Algumas doenças são como as visitas indesejadas: chegam sem avisar, perturbam a paz e se vão. (...) Outras doenças vêm para ficar. E é inútil reclamar. Se vêm para ficar, é preciso fazer com elas o que a gente faria caso alguém se mudasse definitivamente para nossa casa: arrumar as coisas da melhor maneira possível para que a convivência não seja dolorosa. Quem sabe se pode até tirar algum proveito da situação? (...)". Rubem Alves

sábado, 19 de setembro de 2015

Corra para o coração não parar

Corra para o coração não parar
Se você, leitor deste espaço (já são quatro), tem alguém na família com problemas coronarianos, se você fuma, está acima do peso ideal e não pratica nenhuma atividade física (futebol de final de semana não é atividade física), prepare-se, sente-se e leia com atenção; se mesmo assim não sair convencido, convide-me, então, para tomarmos umas.




Doenças do coração são responsáveis por mais de 30% das mortes no Brasil, e estima-se em 17 milhões o número de brasileiros hipertensos, sendo que, após os 65 anos, metade da população tem pressão alta. A arteriosclerose é uma doença do coração, muito conhecida na literatura, mas pouco discutida na prática. A palavra sclero, do grego, significa endurecimento. Isso mesmo, formam-se placas endurecidas (ateromas) dentro das artérias, que gradativamente levam à obstrução do vaso sanguíneo. Na camada interna da artéria depositam-se gotículas de gordura e colesterol que, aos poucos, vão agregando outros elementos, formando por fim o ateroma.
Receita para combater isso? Fácil, muito fácil.
Primeiro, como não podemos mudar de parentescos, reduza o consumo de gordura animal, de gorduras saturadas, de gorduras de laticínios e de margarina, que aumentam a oxidação da fração LDL do colesterol. Evite também frituras, abuse das frutas, legumes e verduras.  Segundo, pare de fumar, pelo menos tente.
Terceiro, inicie uma atividade física; se não têm dinheiro para freqüentar uma academia, comece andando, pelo menos cinco vezes na semana, no mínimo 40 minutos. Já é o início da mudança.

Aproveitando as dicas, já foi provado com testes que o alho age beneficamente ao interferir na oxidação da fração LDL. Recomenda-se seiscentos miligramas de alho em pó por dia. Isso pode reduzir em 34% a oxidação desse colesterol. Tanto o alho cozido quanto o desidratado em pó são mais eficazes do que o cru. Dá- lhe alho. Não é difícil, basta começar. Lebre-se que a saúde nunca avisa, é preciso sempre ficar lembrando, ao contrário das doenças.

Mais um pouco:
Aconselha-se sempre a controlar a pressão arterial.
A pulsação é um outro bom indicativo
Busque sempre exercícios aeróbicos, fuja das correrias.
P.S.: Essas dicas não impedem de você, leitor, procurar um médico, se for indicado.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Estresse no esporte acontece?

Estresse no esporte acontece?
Estressado
Até hoje não sei por que o tema estresse é pouco discutido no meio esportivo. Vendo alguns lances de violência nos gramados de futebol, até mesmo os técnicos se exaltando e sendo expulsos por bobagens, me pergunto: é simplesmente propaganda pessoal ou realmente estão estressados?

Em outros esportes a realidade não é diferente, sempre aparecem os estressados. A resposta popular, que não deixa de ser resposta, acaba sendo mais um motivo para tantos comentários e observações semanais. São respostas pontuais: coisas do esporte, perdi a cabeça, fui provocado primeiro, muita pressão etc. Essas respostas não condizem com as experiências adquiridas com a prática do esporte. Invariavelmente as pessoas maduras usam o esporte também como formas terapêuticas, preferem o suor escorrendo pelo corpo, a sensação de bem-estar depois da prática esportiva, em vez de fazer uso de medicamentos contra a depressão ou o próprio estresse.

Já se sabe há muito tempo que o estresse causa a morte das células do hipocampo, e estudos descobriram que essa região encefálica é entre 10% e 20% menor em pessoas com depressão, o que pode levar também a problemas de memória. Voltando aos benefícios do esporte, imagino que todos os praticantes tenham uma ansiedade menor sobre as pressões do mundo e um autocontrole em muitas situações de pressão. Isso é possível graças ao aprendizado diário. Serei mais direto: para ser um esportista, não basta ter talento, é preciso atitude.
Para se exercitar em esportes que exigem muito preparo físico, não basta só estar em forma e possuir boa técnica. O essencial é especialmente a força de vontade. Para competir é necessário respeitar as regras e estar pronto para a vitória como a derrota. Fica difícil acreditar que um jogador de futebol chutou um colega de profissão, que um quarentão sarado é nervosinho no trânsito, uma atleta de talento é nervosa com os filhos.

Estresse e esporte não combinam. Quando isso ocorre, talvez a prática do exercício físico esteja sendo forçada. Recomenda-se então uma boa dose de sabedoria: uma caminhada ao pôr-do-sol para algumas reflexões sobre a vida, pedalar em lugares desconhecidos. Encontre um(a) companheiro(a) e redescubra sua cidade ou bairro. Se isso não for suficiente, escolha uma árvore e um gramado sem formigas e leia "A Cura", de Schopenhauer. Talvez a pacífica leitura possa explicar por que você anda tão estressado.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Problemas de coração e a importância de se praticar esportes.

Problemas de coração e a importância de se praticar esportes.
Coração bandido
Os números relatados pelas revistas especializadas em coração assustam qualquer indivíduo saudável, imaginem os grupos de risco. São muitos os principais problemas do coração. As medidas de prevenção e os hábitos determinantes para uma boa saúde também são conhecidos. Os números de óbitos são alarmantes: são 300 mil pessoas que morrem no Brasil por ano devido aos descuidos com o músculo cardíaco. No mundo são 7 milhões de pessoas anualmente que deixam de viver por causa dele.

"O coração não é como simbolicamente possa parecer o centro dos sentimentos e das emoções, mas sem dúvida é o que mais sofre seus efeitos", diz uma das edições da revista publicada pela Associação Americana do Coração. Uma das causas desses problemas, segundo os estudiosos, e bem conhecida, é a hipertensão arterial, conhecida como a "assassina silenciosa", porque, em geral, quando manifesta sintomas, já é muito tarde. No Brasil, mais de 30% das mortes são provocadas pela hipertensão, um número assustador. O estresse e a tensão emocional são os grandes incentivadores desta tragédia nacional: juntos, provocam a liberação dos hormônios do medo e da agressividade, ocasionando, assim, a elevação da pressão arterial.
A revista da Associação Americana do Coração lançou algumas dicas a serem seguidas por todos, uma espécie de cartilha do bom comportamento. Agora o exercício físico deve ser praticado diariamente, inclusive aos finais de semana, por pelo menos 30 minutos. Para muitos que acreditavam que três vezes por semana eram o suficiente, tiveram um susto (ou uma taquicardia) só em imaginar que, agora, a moda do suor é diário, e a preguiça até pode aparecer, mas não prevalecer.

Sugestão para o coração: além da academia semanalmente, caminhadas de 1 hora, intervalando com corridas de alguns minutos, bastam para o coração se tomar mais saudável e menos bandido. Uma rotina como esta, de três vezes por semana, aliada a uma boa academia ou esporte de participação, são suficientes para se chegar à velhice com razão e satisfação.

Não esqueça que "os melhores médicos do mundo são o Dr. Dieta, o Dr. Tranqüilo e o Dr. Alegre." (Jonathan Swift).

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A importância da boa alimentação.

A importância da boa alimentação.
O match point da boa alimentação
Emprestei o sub-título desta coluna da obra das nutricionistas Simone Corte e Simone Biesek, "Nutrição, um caminho para a vitória", um livro de cabeceira dos nutricionistas do esporte. Como no inverno a ingestão é maior e o desgaste com atividades físicas é menor, vale a pena ressaltar o que dizem as especialistas.

- Adquira o hábito de comprar produtos de carne magra, como bifes sem gordura, vitela e peito de frango sem pele. Esses tipos de carne requerem pouco preparo. O cozimento também é rápido. Após preparar um bife ensopado ou uma sopa de frango, espere que o alimento esfrie. Então, retire a gordura - aquela que fica na superfície da panela.




- Continue respeitando o princípio da Pirâmide Alimentar, mesmo para as refeições no inverno.
- Atenção, gordinhos: os ácidos graxos essenciais regulam vários processos metabólicos e não são produzidos pelo corpo. Contudo, as gorduras e os óleos são ricos em calorias. Por isso, só devem ser utilizados esporadicamente.
 - Abuse das sopas, chás, comidas quentes. Evite comidas
frias.
- Os carboidratos continuam sendo as melhores fontes de combustível para os músculos, e, sem dúvida, melhoram a sua performance.
- Os carboidratos dos "sports drinks" também fornecem energia. De acordo com a marca, podem fornecer vitaminas e minerais em quantidades variadas mas cuidado com as marcas.
- Uma das funções da proteína é a estrutural. Está relacionada à parte vital de todas as células do corpo humano. Como proteína muscular contrátil, 15% da sua alimentação deve ser em forma de proteínas.

Agora não esqueça, o mais importante ainda é a prática do seu esporte sem interrupções. Portanto, coma bem, mas mexa-se.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Batalhas e amizades no esporte

Batalhas e amizades no esporte
Atletiba
Existem simbologias no esporte em que somente depois de muitos anos de vida a gente reconhece as fraquezas individuais. Escrevo lembrando alguns fatos históricos - pessoais e os presentes.

Começando pelos fatos históricos, relembro da histeria de Hitler ao tentar transformar a Olimpíada de 1936 num espetáculo de superioridade da raça ariana. E Jesse Owens estragou a festa dos alemães.

Outro evento marcante que antecedeu a Segunda Guerra foi a épica luta entre o americano Joe Louis e o alemão Max Schmeling. Nos dois confrontos entre os maiores boxeadores da época, o esporte foi transformado em luta de classes. Não se torcia, lutava-se junto com os boxeadores, sofria-se mais que o próprio derrotado. Mas os dois se tornaram grandes amigos e, quando o vitorioso Joe estava em dificuldades, sua mulher recebia polpudos cheques do derrotado Max para manter a casa e a família.

No futebol, as batalhas entre Barcelona e Real Madrid extrapolam qualquer senso de disputa futebolística. A briga é mais geopolítica do que esportiva. A Catalunha contra o governo central, a mesma população lutando por ideais diferentes e o esporte mais uma vez configurando-se como um dos escapes preferidos.
O mesmo acontece com o Atletiba. A grande maioria dos fanáticos torcedores não sabe exatamente por que é apaixonada pelo seu time, a única certeza que se tem é a hostilidade ao adversário.
Como ex-atleta, quando encontro "ex-adversários" das pretensas competições esportivas, pergunto-me em silêncio: não sofri à toa?

Alguns especialistas afirmam que o sofrimento é próprio do ser humano, mas não a ponto de se tomar decisões demasiadamente equivocadas e irracionais. Sei de atleticanos que estão sofrendo antecipadamente com a classificação do time, ou seja, um sofrimento errante. Já os coxas envergonham-se da segunda divisão e os paranistas, da sua inexpressividade futebolística, mesmo sendo o "quase" campeão paranaense.

Na esteira dessa emoção descontrolada se molda uma nova geração de crianças, que já conhecem até aquelas músicas apócrifas. Não sei se elas estão sendo incentivadas para a prática da atividade física, o que seria o principal. O que resta evidente, apenas, é que, precocemente, são torcedores sem razão.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Capoeira no centro do mundo

Capoeira no centro do mundo
Discute-se muito, hoje em dia, a importância de se resgatar as brincadeiras de rua de antigamente, coisas que os "maduros" sabem muito bem quais eram e para que serviam. Tudo era muito simples e direto, brincava-se porque era legal, jogava-se pelo fato de se divertir. Não quero aqui falar do meu "campinho da velha", centro educativo e formativo de muitas gerações. Fui elemento da última geração de cidadãos que se não se formaram craques de bola, tornaram-se bons companheiros.

Que saudades do pique, toca-do-coelho, esconde-esconde, futebolzinho na calçada. Outros já diriam bumba-meu-boi, quadrilha, pastoril, ou mesmo a capoeira. Como professor de Educação Física, sei o quanto limitamos nossos alunos com as atividades chamadas de "pedagógicas" e cada dia percebemos o quanto estamos distantes das maiores verdades. Nosso esforço para que as crianças gostem das aulas de educação física torna-se sufocante, cada dia mais desmotivante.

No ano passado fui convidado para ministrar um curso em Macapá, a capital do Amapá. Depois da aula me sentei para fazer um lanche numa praça próxima à faculdade. Sem perceber, estava em frente a uma roda de capoeira, todos os participantes eram crianças, o que me impressionou muito. Depois, pelo horário, 19h30, pelo clima, com muita chuva (no norte era inverno) e o professor, um pré-adolescente. Todos se organizavam e jogavam capoeira como se fosse uma demonstração, estavam felizes pela oportunidade de estar brincando organizadamente.
Crianças de 7, 8, no máximo 15 anos, muitos talvez de classe muito pobre, todos estavam concentrados na atividade principal, certamente longe das drogas e da violência.
Naquele momento me deparei com a importância de estar assistindo a um espetáculo belíssimo, na linha do Equador, ou como dizem os macapaenses, centro do mundo. Se as crianças por natureza conseguem se organizar para praticar uma arte tão necessária e digna da cultura brasileira, por que estamos perdendo o hábito de conviver com as crianças em movimento?

Sem nenhuma ciência por trás do meu neo-raciocínio, tenho a impressão que os brinquedos comprados em lojas sofisticadas, somados aos desperdícios de tecnologia, ocupam as crianças muito bem. Centradas na curiosidade, elas deixam de se mexer e de brincar livremente. O cuidado de manter as crianças dentro dos quartos de dormir ou, quando muito, na garagem, garante o "bem estar dos filhos".

O mesmo acontece com as aulas de educação física. Mantemos os alunos trancafiados nas quadras, e se eles fossem poucos, o metro quadrado seria um latifúndio, como diria o mestre Armando Nogueira. Coisa que não é verdade em nenhuma escola.

Sei também que mudar um contexto cultural e de gerações com exemplos de antigamente soa muito careta, mas que dá saudades dá, principalmente de quando chegávamos em casa todos sujos de barro e as mães diziam: "Você acha que eu sou sua empregada? "

domingo, 13 de setembro de 2015

Cerveja é saudável?

Cerveja é saudável?
Já era sabido que a ingestão diária de 30g de álcool (duas doses de uísque ou duas taças de vinho) protege nosso sistema cardiovascular, o que já é uma boa notícia para quem gosta de relaxar no final do dia com uma pequena dose. A novidade é que uma outra bebida, saboreada por muitos, também pode trazer benefícios até a quem já possui uma doença coronariana.
Descobriu-se que a cerveja pode reduzir o LDL, o "mau colesterol", e aumentar o HDL, conhecido como o "bom colesterol" do nosso organismo.

Incrível como esta notícia causou um certo "frisson" nas pessoas. Em vários lugares o assunto tem sido esse. Na praia, nos bares e até nos hospitais só se ouvem médicos comentando, animadamente, o novo estudo. Nunca se notou uma receptividade tão grande em acatar o resultado de um estudo científico. Até os atletas ficaram felizes. Para eles, a cerveja já possuía um bom motivo para ser ingerida pelo fato de conter carboidrato, famoso fornecedor de energia, e, com mais essa novidade, dá-lhe cerveja!

Sempre damos ênfase à regularidade na atividade física, pelo menos cinco vezes na semana, e, nesse estudo, também se recomenda a freqüência na ingestão para um melhor resultado. Mas como tudo que é bom dura pouco, aí vai um detalhe que poderá entristecer alguns beberrões. A dose que protege um cardíaco é de apenas uma latinha por dia. Pessoas com gastrite, diabetes, úlcera e alta taxa de triglicerídeos infelizmente estão excluídas deste prazer, pois terão mais prejuízos que benefícios com esta ingestão alcoólica.
Quem sabe qualquer dia divulguem um estudo científico dizendo que a ingestão de Absintho também faz bem à saúde. Para quem não sabe, essa bebida possui um teor alcoólico de "apenas" 85%.
Para se ter uma idéia, o álcool usado nos hospitais para desinfecção é de 70%. Vale a pena provar essa bebida, de cor azul e sabor delicioso, mas cuidado, pois em sua garrafa está escrito para deixá-la longe do calor e do fogo. Enquanto esperamos mais pesquisas científicas, vamos começar já a baixar o nível do colesterol com a loirinha gelada. Prost!!

É evidente que o objetivo deste texto, escrito no inverno do ano passado, é estimular a prática do exercício físico e não o consumo da bebida alcoólica.

sábado, 12 de setembro de 2015

Cabeça-de-negro no tratamento de lesões esportivas

Cabeça-de-negro no tratamento de lesões esportivas
Fico admirado a cada dia diante das opções de tratamento de contusões, pós-esporte, que certas pessoas utilizam e, muitas vezes, o sucesso é real. Como fisioterapeuta, sempre fui muito cético a algumas formas de reabilitação, para mim só interessa o que realmente já está publicado e revalidado. Apesar disso, nada como um dia após o outro.

Acompanhei de longe o uso de uma planta brasileira, Trianosperma Tayuya Martius, mais conhecida como cabeça-de-negro. Ela foi usada por alguns colegas no tratamento de artrite e reumatismo, e lógico que, como curioso, fui observar os resultados. Não é que em pouco tempo, depois de várias tratamentos convencionais, os atletas já estão quase recuperados?

Não sei direito o efeito dessa planta, o que soube é que, nas suas extremidades, elas apresentam um bulbo mais ou menos enrugado, variando de formato, que é usado também como diurético.
Fui ensinado a usar a crioterapia após a pratica de atividades físicas intensas, isto é, a usar gelo. Um procedimento comum e muito eficaz, acaba fazendo uma vasoconstrição e previne algumas lesões do esporte. Fácil de entender: bastam algumas pedrinhas de gelo e aplicá-las sobre as articulações e músculos mais utilizados. Parece receita da vovó, mas sempre funcionou. O mesmo acontece com arnica, solução e pomada. Quem ainda não a usou? E o calminex? É aquela pomada de uso veterinário, que após as "peladas" todos faziam uso. Quando nada adiantava, corria-se para o Fraturas da XV, lá era o ponto final.
Como a gente aprende diariamente com a cultura popular, cabeça-de-negro, em casos de artrite e reumatismo, resolve mesmo. E olha que um dos meus amigos mal conseguia andar, e agora já está voltando a correr.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Como conquistar uma barriga sarada

Como conquistar uma barriga sarada
Reza a lenda que, o homem era redondo, com duas cabeças, quatro braços e quatro pernas. Com esse perfil físico, o homem almejava alcançar os céus, por ambição ou mesmo pelas suas capacidades físicas. Devido ao seu biotipo ele podia olhar para "todos os lados" e não sofria de dores nas costas. Sua aventura não foi longe, sua ambição fez com que o deus Zeus cortasse o homem pelo meio. Assim, ficaria mais enfraquecido.

Essa metade de homem configurou-se no que somos hoje. Como não podemos mais olhar para trás, dedicamo-nos a olhar para frente, para o nosso cartão postal: a barriga. Nosso abdome é um quadrante, formado pelos músculos reto abdominal, transverso do abdome e oblíquos, interno e externo. Também separamos em supra e infraabdominais. Apresenta-se de várias formas: volumosa, redondinha, caída, maciça e logicamente "sarada".

A barriga "sarada" significa hipertrofia da musculatura abdominal, desde que não haja gordura armazenada entre os músculos e a pele. Como a gordura é localizada, mesmo os músculos estando hipertrofiados acabam desaparecendo no meio dessa camada de gordura.
Para a diminuição da quantidade de gordura na região abdominal, é necessário um programa alimentar com equilíbrio calórico negativo. Com exercícios abdominais, é preferível os isotônicos de alta intensidade. Quer um exemplo ? Séries de 3 a 4 com 10 a 13 repetições por exercício, o que caracteriza um trabalho de força muscular. Se você preferir um maior número de repetições, aí a prioridade é a resistência.
Agora não esqueça da lenda de Zeus, as costas (principalmente a região lombar) também fazem parte do corpo. Caso contrário, seu cartão de visitas poderá estar comprometido e as dores nas costas poderão atrapalhar seu rendimento diário. A escolha é sua.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Bebidas isotônicas: Beber ou não beber? Eis a questão!

Bebidas isotônicas: Beber ou não beber? Eis a questão!

Muito se fala sobre bebidas isotônicas, mas a maioria das pessoas nem sabe o que realmente é um isotônico. Esta bebida tem esse nome devido à sua osmolaridade, é igual ao plasma sanguíneo do nosso organismo. Isto é, a concentração de eletrólitos não é nem superior, nem inferior ao de nosso corpo, é exatamente igual.

Como nosso verão já é de um país tropical, transpiramos mais, pois necessitamos manter uma temperatura corporal média de 37°C, com isso perdemos mais água e também sais minerais. Atualmente existe uma moda de ingerir isotônicos, basta acompanhar o lanche das crianças na escola, a quantidade de bebidas "repositoras" de sais, substituindo até mesmo a água. Para esclarecer alguns pontos sobre essas bebidas alternativas e para não cometermos riscos para a saúde, alguns comentários se fazem necessários.




A água é o hidratante mais natural e eficiente que existe, mas quando o desgaste físico se toma muito intenso, ela sozinha não vai conseguir fazer uma reposição muito eficiente. E é aí que entram os isotônicos. Eles vão repor essa perda mais rapidamente, pois possuem uma grande concentração de sais minerais como o sódio e o potássio. Mas vale lembrar que é recomendável apenas para praticantes de atividades físicas moderada a intensa e, principalmente, de longa duração. As pessoas que têm uma atividade moderada inferior a 1 hora e 30 minutos aproximadamente, não necessita de uma bebida com essa concentração, a água vai fazer um ótimo trabalho neste caso, além de ser mais barato.

Há uma fatia da população que se exercita pouco, ou nem mesmo se mexe muito, em determinados goles de isotônicos, inconscientemente são alçados ao pódio do sucesso, acreditando que, apenas a bebida já serve como incentivo ao início da carreira atlética. A conseqüência disso já está muito bem difundida. A concentração destes sais aumenta e sobrecarrega os rins, pois nosso organismo necessita eliminar de alguma forma o excesso de minerais. Outro alerta é para pessoas com tendência à hipertensão (pressão alta), pois o excesso de sódio pode desencadear um aumento da pressão arterial.
Os isotônicos de uma forma geral são vendidos devido ao seu marketing agressivo, isto porque são empresas multinacionais, que sabem usar muito bem a propaganda e, como tal, não se importam muito com o produto final. Como muitas vezes às crianças são o consumidor, a propaganda para que elas não tomem estes produtos, também é saudável.

Mantenha-se bem hidratado, mas com cautela!Você sabia que...
- A água de côco é um ótimo repositor natural?
- Frutas como laranja e banana durante a atividade física vão ajudar nessa reposição?
- O cálcio, além de ser um forte aliado contra a oesteoporose (enfraquecimento dos ossos), atua também na contração muscular?

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Barão de Coubertin e os Jogos Olímpicos

Barão de Coubertin e os Jogos Olímpicos
"Em geral é difícil compreender por que e como uma idéia é concebida e se transforma em realidade, destacando-se da série de outras idéias à espera de se realizar... Mas esse não é o caso dos Jogos Olímpicos... A idéia de ressuscitar os Jogos não foi uma fantasia de desocupados, foi o resultado lógico de um grande movimento". Essas foram as palavras de Pierre de Coubertin no prefácio do Álbum dos Jogos Olímpicos de 1896. Toda a origem moderna dos Jogos Olímpicos recai sobre este francês patriota vinculado à Sorbonne na década de 1890.

Mas não foi bem assim que aconteceu o ressurgimento dos Jogos. Pelo menos é o que afirma o maior estudioso sobre o assunto, David C. Young. Ele descobriu, por exemplo, depois de anos de investigação minuciosa na Inglaterra, Alemanha e Grécia, que as verdadeiras origens do "Grande Ressurgimento" remontam a décadas antes dos agora lendários Jogos de 1896, em Atenas. Segundo Young, em 1850 foram criados os Much Wenlock Games na Inglaterra. O organizador foi William Penny Brookes.

Acredito que nosso barão já se assanhava em criar algo parecido depois de acompanhar tantas tentativas. Antes disso, no início do século XIX, nas ilhas jônicas, os governantes da França imperial semearam jogos artísticos chamando de Prix Olympiques, como parte integrante da política cultural. Parece que tudo conspirava para o renascimento de um grande evento internacional, depois de tantas tentativas. David Young ainda fala do filantropo grego Evangelis Zappas, que em 1843 apresentou uma proposta ao rei Otto para financiar a recriação do Jogos.
Só em 1859 as "Olimpíadas" foram realizadas na praça Lodovikou, no coração de Atenas. Não deu muito certo, pois o povo foi proibido de acompanhar o evento.
Anos depois, com a mesma seqüência de tentativas, os Jogos
fizeram parte da Exposição Industrial de Olímpia. A competição
limitava-se aos jovens de famílias nobres. Como diz Young ,
"achavam de mau gosto competir com a classe trabalhadora".
Percebe-se desde então as raízes distorcidas do "mito do amadorismo".

Nem por isso deixamos de reconhecer os esforços do nosso
barão, até porque sua proposta foi pública de ressuscitar os Jogos,
como seu sonho de menino como o de Heinrich Schlieman e a redescoberta de Tróia.
P.S.: quem se interessar por esse assunto leia "O ideal olímpico e o herói de cada dia", de Phill Cousineau, um livro muito interessante e atual.


terça-feira, 8 de setembro de 2015

As medidas do jovem brasileiro

As medidas do jovem brasileiro
Lendo e relendo alguns artigos para pesquisa, encontrei alguns números que me chamaram atenção, e hoje fico muito feliz com o que constato, principalmente o avanço da atividade física em nosso país. Os primeiros números levantados são de 1984, no Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (SP). Continua sendo o laboratório de maior prestígio do Brasil, e é dirigido pelo médico Victor Matsudo.

Aos 7 anos, um garoto brasileiro exibia a altura média de 1,23 metro, enquanto um francês na mesma faixa etária fica em 1,19 metro. Hoje um menino nessa idade já exibe 1,26. Aos 14 anos, em 1984, os franceses já atingiram a média de altura de 1,65 metro e os brasileiros pararam em 1,61. Atualmente, estamos com uma média de 1,66 metro. Relações semelhantes ilustram os confrontos com os alemães e americanos. Uma das explicações para essa discrepância de resultados são os exercícios físicos em excesso e a participação precoce em competições.

Na ocasião, em 1984, a corrida de 50 metros foi adotada pelo dr. Victor para medir o desenvolvimento físico dos jovens. As garotas de 16 anos, por exemplo, correm os 50 metros em 9,46 segundos, tempo pior que o das meninas alemãs e japonesas de 10 anos, que completam o percurso em 9,10 e 9,40 segundos. Hoje, essas meninas brasileiras, fazem os mesmos 50 metros em 8,33 segundos. Uma outra explicação para o baixo rendimento das nossas crianças na corrida, continua sendo o descuido em nossas aulas de educação física.
Direcionamos nossas atenções ao alto rendimento ou simplesmente esquecemos de preparar a criança-cidadão para a vida saudável. Comparando 1984 com 2003; melhoramos muito nossa prática em atividades físicas, quase sempre os parques e praças estão cheios, muitos já incorporaram o esporte saúde e de lazer. Mas nossas crianças ainda continuam não gostando das aulas de educação física. A medida certa, no tempo certo, talvez faça nossos jovens continuarem crescendo e correndo mais que as outras nacionalidades. Basta que saibamos que devemos investir não só em nossas mercadorias, mas principalmente em nossos filhos.
P.S.: escolher uma boa escola, combinar lazer com iniciação esportiva e disposição para estar sempre pronto para subir numa árvore, talvez seja o começo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Judô - artes marciais

Judô - artes marciais
Nos meus tempos de lutador de judô, sofria muito nos torneios e campeonatos oficiais. Diferentemente dos esportes coletivos, o judô, como uma arte marcial, preserva a individualidade. A derrota ou a vitória recai apenas sobre uma pessoa, o lutador. A minha preferência pelos treinos, e nunca pelos campeonatos, foi pelo fato de não precisar me expor, ou, falando francamente, "amarelar".

Muitas vezes os atletas de lutas passam meses se preparando para uma competição e, quando chega o momento mais importante, o fantasma inesperado aparece e o resultado melancólico acontece em segundos. Tudo se perde ou se pode perder num movimento inadequado, quem sabe até na estratégia inapropriada.

Jigoro Kano, o fundador do judô, que significa "caminho suave", buscou inspirações para a criação dessa arte secular principalmente no movimento dos animais. Buscava os verdadeiros caminhos - sem muito esforço, apenas suavidade.
A evolução de todas as artes marciais trilhou um caminho suspeito, como tudo na vida. Agora a força e a agressividade são os recursos mais importantes. Antigamente percebia-se que o caminho da suavidade era respeitado nos praticantes que caminhavam e caiam com mais técnica. As quedas no judô nos mostravam que existiam outros caminhos e novas possibilidades de lutas. Nem sempre uma queda indicava um fim, mas uma nova oportunidade. Perdeu-se essa filosofia com o passar dos anos, agora o mais importante são as medalhas.
Tive o prazer de acompanhar vários judocas das "antigas", e aprendi nessa prática o quanto devemos treinar e lutar para nos aproximar da perfeição, sem esperar nada em troca, talvez um parabéns no final do treino. Isso era suficiente para o nosso crescimento interior. Olhar de frente para um adversário, e se mostrar por inteiro, até que o final da luta apareça, essa era a receita, o resultado era a conseqüência.

Pois é, toda vez que acompanho um debate na televisão, seja para governador ou presidente, me recordo dos meus modestos tempos do judô. Fico imaginando o que os candidatos pensam antes de iniciar a "luta". Mesmo com toda a aparência de seguros e conscientes, acredito que no íntimo são castelos de areia. Nas "competições" não pode haver erros nem demonstração de alguma fraqueza. Os olhos nos olhos são fundamentais, mais a agilidade de raciocínio para responder com segurança uma pergunta e principalmente, saber a hora certa de contra-atacar. Esses preceitos são próprios dos grandes lutadores, já ensinavam os mestres orientais.

domingo, 6 de setembro de 2015

Efeitos dos esteróides anabolizantes

Efeitos dos esteróides anabolizantes
Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), doping é definido como o uso de qualquer substância endógena ou exógena, em quantidades ou vias anormais, com a intenção de aumentar o desempenho de atleta em competições. Os hormônios esteróides são produzidos pelo córtex da supra-renal e pelas gônadas (ovário e testículos). Os esteróides anabolizantes ou esteróides anabólico-androgênicos (EAA) referem-se aos hormônios esteróides associados à masculinidade, ou seja, incluem a testosterona e seus derivados. Para muitos, os esteróides anabolizantes são os derivados sintéticos da testosterona, responsável direto pelo crescimento.

O uso desse anabolizante teve seu crescimento na Olimpíada de Tóquio, em 1964. Não só os atletas de levantamento de peso, mas várias modalidades fizeram o uso desse hormônio. O caso mais conhecido foi o do corredor canadense Bem Johnson, na final dos 100 metros da Olimpíada de Seul, em 1988. Na ocasião, foi detectado em seu organismo o anabolizante estanozolol. Por isso a medalha de ouro foi entregue mais tarde para o norte-americano Carl Lewis, que havia levado a prata. Anos mais tarde, sugeriu-se que Lewis também estava dopado naquela prova.

Os esteróides mais comercializados são conhecidos pelo nomes Deca-Durabolin, Depo-testosterone, Winstrol, Anodrol e outros. Antes que pensem que estou fazendo aqui uma apologia dos anabolizantes, os efeitos colaterais são de desanimar qualquer um, mas mesmo assim o uso ainda é muito freqüente, principalmente em academias de musculação.
É comum observarmos nos indivíduos que fazem uso dessas drogas uma alteração no humor, principalmente a agressividade sendo a mais comum, insônia, impotência e, em muitos casos, até a depressão, sem falar nas doenças adquiridas pelo uso indevido do EAA. Quase sempre a utilização dessas drogas é para efeitos estéticos, para melhorar a aparência, até porque o efeito imediato é resultado de um acúmulo de líquidos e, não como muitos imaginam, aumento da força muscular.

Talvez a conseqüência mais preocupante sejam os problemas cardíacos. Muitos usuários mais velhos acabam se obrigando a parar de treinar devido às seqüelas do uso indiscriminado desses anabolizantes. Em alguns casos a morte chega bem mais cedo. Não sei muito bem como funcionam na cabeça dos usuários os reais motivos dessa necessidade de se dopar. Acho que seria muito melhor, se for para morrer do coração, que seja por amor.

Articulação: Prevenção

Articulação: Prevenção





Adriana Ribas – Dri Saudável     Respeitar os próprios limites também é cuidar das articulações O mau uso das nossas articulações com exercícios executados de maneira errada ou realizados em excesso de frequência e peso podem danificar as articulações. Por isso é tão importante respeitar os limites do próprio corpo e contar com o auxílio de profissionais das áreas de educação física, fisioterapia ou médica, para orientar a melhor forma de praticar atividades físicas. Somente desta forma, é possível evitar que aconteçam lesões, impactar de maneira errada as articulações e causar demais complicações causadas pela forma incorreta de executar as atividades. Essas precauções são necessárias quando se fala em saúde das articulações, assim como ganhar massa muscular, pois a musculatura vai funcionar como amortecedor e evitar traumas que comprometam os movimentos. Outra opção também para prevenir problemas articulares são os nutracêuticos, que o uso devidamente orientado pelos médicos, vão ajudar a diminuir o processo inflamatório nas articulações e proteger a cartilagem. Um exemplo neste caso é a utilização de UC-II, que é colágeno não desnaturado tipo II, a mesma substância que compõe a cartilagem das articulações. O nutracêutico, além de melhorar a dor e a mobilidade, atua na prevenção de lesões e alivia a dor que acompanha a prática esportiva. Quer saber mais informações sobre UC-II? Você encontra no site: www.pharmanostra.com.br/uc-ii Sugestão de imagem: Praticando caminhada    


    Respeitar os próprios limites também é cuidar das articulações O mau uso das nossas articulações com exercícios executados de maneira errada ou realizados em excesso de frequência e peso podem danificar as articulações. Por isso é tão importante respeitar os limites do próprio corpo e contar com o auxílio de profissionais das áreas […]


Fonte: Dri Saudável
Categoria: Atividade Física
Autor: drisaudavel

sábado, 5 de setembro de 2015

A copa pode matar

A copa pode matar
Longe, muito longe das concepções de "vira-lata" de Nelson Rodrigues, torço e prefiro que o Brasil seja campeão, mas acho também que para muitos brasileiros a sensação de campeão é exagerada. Observe você, meu leitor, as conseqüências desse desastre. A depressão segundo estimativas da OMS é a doença psiquiátrica mais diagnosticada atualmente.

Nesse cenário cultural, a depressão pode ser conseqüência da tristeza e do desânimo, uma frustração na copa da Alemanha pode ser o estopim para a perda do interesse no trabalho, insônia, astenia, falta de apetite, alterações cognitivas e muitas outras. Como o futebol é a nossa prioridade, jogamos as nossas frustrações e anseios sobre o ludopédio. Agora as atenções são sobre a nossa seleção, é bem verdade também que mais um título pode mexer com a nossa auto-estima. Passamos a nos sentir superiores sobre todas as grandes potências internacionais.

As competições estão em todas as esferas da sociedade, sentimos a obrigação de sermos os melhores, independentemente da classe social e dos objetivos da vida. Por isso a necessidade dos cuidados prévios quando transferimos todas as nossas expectativas. Nos desesperos das grandes derrotas, não é rara a tendência suicida, quando a maneira insidiosa da doença é imperceptível ou muito rápida, as conseqüências são piores. Fica, portanto o desejo na vitória, acompanhado a isso uma grande torcida.
Se depois de toda a nossa euforia o hexa não acontecer, podemos transferir a nossa raiva para uma corrida longa ou uma pedalada. Se assim mesmo não trouxer nenhum alento, uma conversa com os amigos talvez seja o indicado para essas situações de perda.

Além disso, o esporte competitivo mostra-se mais uma vez muito ingrato com sua ideologia. Só comentamos sobre a possibilidade da vitória, não concebemos, muito menos aceitamos, o segundo ou terceiro lugar. A obrigação é a da conquista. Por isso, fica a dica: se há torcedores despreparados para outros resultados que não a vitória, cuide-se. Assistir aos jogos acompanhados de sucos de maracujá é um bom remédio para evitar surpresas. Salve a seleção.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Alongue-se. converse com seu corpo

Alongue-se. converse com seu corpo
Nos últimos anos, uma verdadeira mania se instalou sobre a utilização dos exercícios de alongamento. Médicos recomendam, fisioterapeutas e professores de educação física o empregam no seu dia-a-dia. Enfim, todos escutamos freqüentemente: "Alongue-se."

Mas por que tanta insistência nesse tipo específico de atividade? Para compreendermos melhor é fundamental entendermos algumas características do nosso corpo, mais especificamente dos nossos músculos. Pois, além da pele, ligamentos, tendões, cápsula articular e formato da articulação, uma grande parte da contribuição para a capacidade de mobilidade é devido a eles (ASTRAND & RODAHL, 1987; FERNANDES, A, VOIGT, L & ALEXANDRE, 2002). E nossos músculos, que são responsáveis pelos nossos movimentos, possuem, entre outras características importantes, a elasticidade, que lhes permite voltar ao tamanho normal depois de alongados.

Mas, devido à vida sedentária, posturas inadequadas, stress diário e à não realização de alongamentos, o ser humano pode ter estruturas do corpo comprometidas pelo desalinhamento ou sobrecarga que sofrem. Com os músculos tensos ou encurtados não haverá amplitude normal de movimentos, nem uma boa circulação sanguínea, além de poderem surgir desconfortos e até dores.
Isso mostra a importância de realizarmos alongamentos com freqüência. Entretanto, mais importante que realizá-los é fazê-los de maneira correta. Aqui vão algumas dicas que poderão auxiliá-lo.

Quando alongamos devemos ter plena concentração no que estamos fazendo. Durante a realização dos exercícios de alongamento, sinta seu corpo, faça como se estivesse conversando com ele, perceba suas limitações e vibre com as pequenas conquistas que atingir.

Confira alguns benefícios do alongamento bem feito:
- A melhora da postura, não sobrecarregando estruturas;
- Melhor oxigenação e nutrição do corpo, pela melhora circulatória sangüínea;
- Maior disposição para trabalhar, estudar, viver, enfim;
- Pelo melhor autoconhecimento, uma melhor da autoestima e confiança.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Principais dores que atingem os brasileiros

Principais dores que atingem os brasileiros
A dor dos brasileiros.
Uma grande pesquisa sobre dor foi realizada recentemente em Londrina, no Paraná. Quase 2.000 pessoas, de diferentes idades e classes sociais, responderam o questionário.

- 63% das pessoas entre 18 e 60 anos têm algum tipo de dor crônica.

Delas, seis em cada dez se automedicam e apenas 12% procuram ajuda profissional.
- A mais comum é a cefaléia (dor de cabeça), seguida pela lombalgia (dor nas costas).
- O mal afeta um pouco mais as mulheres que os homens.
- 29% das crianças entre 7 e 14 anos se queixam de dores constantes.
- No cotidiano, as três principais conseqüências da dor crônica são queda da produtividade no trabalho, mau humor e distúrbios do sono.


A Cefaléia:
Quase 30% dos brasileiros sofrem de dores crônicas de cabeça. As mais comuns são a cefaléia tensional e a enxaqueca. Esta última está relacionada a distúrbios químicos cerebrais. O primeiro, à contração muscular. Dores de cabeça podem se tomar freqüentes por causa do abuso de remédios. Ingerir um analgésico de venda livre mais de duas vezes por semana, durante três meses, prática adotada por 60% dos consumidores, torna o organismo dependente da substância.
A Síndrome miofascial:
São dores musculares que surgem em qualquer parte do corpo. Estão associadas a movimentos repetitivos, má postura, stress, traumatismos ou sobrecarga muscular. Atualmente, sabe-se que nem sempre o problema tem origem na área que dói. A lesão de um músculo da panturrilha, por exemplo, pode causar dor no calcanhar. O tratamento, na maioria das vezes, consiste em analgésicos, antidepressivos, injeções de xilocaína e sessões de alongamento.

Medicamentos
Analgésicos/ antiinflamatórios não hormonais: As estrelas: drogas da família de inibidores das enzimas cox-2, como Celebra e Vioxx.
Indicações:cefaléias, lombalgias, dores articulares e síndromes miofasciais.
Como agem: ao contrário dos antiinflamatórios convencionais, a nova geração atua apenas no local da inflamação, o que evita efeitos colaterais, como problemas digestivos e renais.

Agonistas: Maxalt e Zomig
Indicações: enxaqueca
Como agem: Contraem os vasos sanguíneos do crânio. A dilatação é a principal causa da enxaqueca.

Opiáceos:  OxyContin, Durogesic e Dimorf.
Indicações: dores oncológicas.
Como agem: versões sintéticas derivadas da morfina, esses remédios combatem diretamente no sistema nervoso central a ação de substâncias que deflagram a dor. A liberação gradual no organismo os toma mais eficientes que a morfina tradicional, com menos efeitos colaterais.

Antidepressivos: Prozac, Zoloft e os tricíclicos Anafranil, Trofanil e Tryptanol.
Indicações: dores crônicas em geral, sobretudo fibromialgia e cefaléia.
Como agem: administradas em doses bem mais baixas que as indicadas contra a depressão, essas drogas potencializam o sistema supressor de dor ao aumentar os níveis disponíveis de serotonina no cérebro.

Anticonvulsivantes: Neurontin, Topiramato e Tegretol.
Indicações: Dores neuropáticas (causadas por dores em nervos).
Como agem: Atuam nos mecanismos de trasmissão de dor do sistema nervoso central.

P.S.: " Persistindo as dores procure seu médico"
Indicações acima de responsabilidade do autor: Carlos Mosqueira.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A alimentação para praticantes de esporte

A alimentação para praticantes de esporte
Esporte e alimentação.
Volta e meia me perguntam sobre os melhores alimentos para os praticantes de atividades físicas, e aí me vem a vontade de escrever sobre o assunto, mesmo não sendo um especialista da área. Alguns conceitos iniciais são importantes. O governo norte-americano criou uma tabela de recomendações nutricionais para cada nutriente. Elas são chamadas de RDAs ( Recommeded Dietary Allowances). Além de serem adotadas nos EUA também são usadas no Brasil e em muitos outros países. Isso orienta os especialistas para melhor lidarem com seus atletas ou pacientes.

E necessário atingir diariamente os RDAs para que possamos regular os processos metabólicos e o fornecimento de energia. Como não é o caso aqui de mostrar nenhuma tabela de alimentos, fica mais fácil recordar o funcionamento da pirâmide alimentar. Esse modelo foi criado pelo governo norte-americano exatamente para facilitar a compreensão dos grupos dos alimentos mais importantes no dia-a-dia de qualquer indivíduo, inclusive de atletas e das pessoas em regime.

Imaginando uma pirâmide, temos na base o grupo dos pães, cereais, arroz e massas, ou seja, os alimentos mais consumidos diariamente, de 6 a 11 porções. Logo acima temos uma área mais estreita da pirâmide, dividida em um grupo de frutas com duas a quatro porções e o grupo das hortaliças, de três a cinco porções.
Quase no topo temos as porções dos laticínios, leite, iogurte e queijo, com duas a três porções, e o grupo das carnes, aves, peixes, ovos, feijão e nozes, de duas a três porções. Por último, no ápice da pirâmide temos as porções das gorduras, óleos e açúcar, os alimentos que devem ser usados esporadicamente.

A pirâmide dos alimentos foi criada para fornecer todos os nutrientes recomendados pelas RDAs. Assim fica mais fácil saber se estamos nos alimentando corretamente. Basta fixar um desenho deste na geladeira de casa e orientar-se pelas porções diárias recomendadas. Troca-se o ímã das pizzarias, das entregas rápidas pelo ímã da pirâmide. Não custa seguir uma orientação consagrada mundialmente. Todo suplemento para atletas, ou mesmo qualquer regime que não siga essa orientação, está fadado ao fracasso. Recomenda-se, segundo os especialistas, diminuir ou aumentar as porções, nunca cortá-las.
P.S.: a nova pirâmide ainda é pouco conhecida, por isso não escrevi sobre ela.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

A arte da guerra

A arte da guerra
Sun Tzu escreveu "A arte da guerra" há mais de 2.500 anos e, até os dias de hoje, seus ensinamentos servem para alguma coisa. Pena que o Parreira não tenha tido tempo para ler este livro. As atenções do nosso ex-técnico estavam voltadas para o próprio livro, "Formando equipes vencedoras". Se você tiver interesse em conhecer este livro, aproveite que está em promoção.
No capítulo três do livro "A arte da guerra", Sun Tzu diz o seguinte: "Qual o oponente sairá vencedor aquele que é um general sábio e capaz, cujo soberano não interfere." É isso, acho que por mais explicações que apareçam sobre a nossa medíocre seleção, nada vai apagar o nosso fracasso. Nosso não, deles. O mesmo aconteceu com o Zidane: manchou toda a sua imagem de craque e líder. O que o italiano falou para que o francês perdesse a razão?

Essa reação, por mais que aleguem os especialistas, como já ouvi muito até aqui, afirmando que o emocional numa hora de pressão pode ser comprometido em qualquer instante, não me convence. Ou, posto de uma forma platônica: um aspecto importante da concepção racionalista é o de que, para alcançar os melhores resultados, as emoções têm de ficar de fora. O processo racional não deve ser prejudicado pela paixão.
Que pena. Os nossos "apaixonados" poderiam jogar com razão. Poderiam estar aplicando as técnicas de Sun Tzu com paixão. Então, fica combinado: chega dos mesmos. Eles, os jogadores e técnicos das seleções, estão ricos e famosos, amanhã estarão todos juntos, tomando vinho francês, comendo bacalhau e dando risada das nossas cobranças. Como o futebol já está impregnado em nosso inconsciente coletivo, poderíamos fugir das estrelas, que são apenas marketing ambulante, para passear em outros gramados menos sofisticados e curtir algo mais natural. Melhor mesmo é se preparar para a inauguração da Vila Capanema e ver o Paraná jogar.
P.s. outra sugestão para os nossos técnicos e jogadores é assistirem ao "A fuga das galinhas.’